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"Eu era um jovem, passando fome, bebendo e tentando ser escritor. Nada do que eu lia tinha a ver comigo. Eu tirava livro após livro das estantes. Por que ninguém dizia algo? Por que ninguém gritava? Então, um dia, puxei um livro e o abri, e lá estava. As linhas rolavam facilmente através da página, havia um fluxo. Cada linha tinha sua própria energia e era seguida por outra como ela. (...) E aqui, finalmente, estava um homem que não tinha medo da emoção. O humor e a dor estavam entrelaçados com uma soberba simplicidade. O livro era Pergunte ao Pó e o autor, John Fante. Ele se tornaria uma influência no meu modo de escrever para a vida toda. Trinta e nove anos depois, reli Pergunte ao Pó. Ele ainda está de pé, como as outras obras de Fante, mas esta é a minha favorita porque foi minha primeira descoberta da mágica." A Editora José Olympio relançou o clássico de John Fante, Pergunte ao Pó, com tradução de Roberto Muggiati. O livro conta a história do alterego do autor, o escritor Arturo Bandini. Filho de imigrantes, o protagonista é um jovem pretenso a escritor que se sente excluído da sociedade. Ele quer escrever sobre a vida e o amor, mesmo não tendo muita experiência sobre ambos, e se apaixona por Camilla, que ama outro homem. O romance se passa na Los Angeles da década de 1930. Fante, que morreu há vinte anos, é um dos mais importantes nomes da literatura americana e seus livros influenciaram a geração beat e muitos escritores, entre outros, Charles Bukowski, que assina o prefácio.
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